(Editora Bagaço | 2008 | Revisão: Norma Baracho Araújo | 180 páginas | R$ 21,90)
Desta vez Célia Labanca traz à tona, de meados do século XX, escolhida entre os jovens que formavam a combativa geração dos anos 60, a história de Aminta, uma mulher aguerrida, possuidora de forte capacidade perceptiva, que, já àquele tempo, ao tentar seguir fielmente tudo o que lhe ditava a consciência, surpreendeu até mesmo seus companheiro, transportando-se para além das "fronteiras ilimitadas", se se pode dizer assim, demarcadas pela própria geração à qual pertenceu a jovem Aminta.
Como se não bastasse a feliz escolha de tal protagonista, o texto surpreende pela fluência e riqueza de detalhes. Descrever o dia-a-dia de uma odisseia, pois há de se extrair a subjetividade, o lirismo, daquilo que é objetivo, pronto, acabado. E Labanca assim o fez. Extraiu e descreveu, minuciosamente, o belo, a essência daquilo que está no estado d'alma, que está por trás do ato simples ou das sensações comuns, como os momentos de expectativa que antecedem o confronto; a serenidade de quem está apta a receber o porvir; as lembranças sem dor, porquanto proveniente de decisões conscientes; a alteração de trajetórias tidas como definitivas além de tantas outras imagens descritas neste romance.
Essa é Aminta, é a história comum de uma mulher qualquer, proporcionando-lhe alegrias. E você a ela.
Célia Labanca é bacharel em Direito e foi Assessora Jurídica do Estado. Presentemente, é a diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Olinda-PE. É Oficial da Ordem do Mérito dos Guararapes por serviços prestados à cultura e às artes.Recebeu a Comenda da Academia de Artes e Letras de Paris, França, pela qualidade de sua obra literária e pelo que tem feito pela cultura e arte de seu Estado (Pernambuco) e do país.
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