15/11/2011

O Homem que Calculava - Malba Tahan

(Editora Record|304 folhas|34,90 reais)

Malba Tahan foi o homenageado da Fliporto Criança. E através do Jornal Nativo de Porto de Galinhas, fiquei sabendo que ele nunca existiu. Era um pseudônimo e quem assinava as suas obras era  o genial professor, educador, pedagogo, escritor e conferencista brasileiro Júlio César de Mello e Souza. Um dos livros mais conhecido  é o “ O homem que calculava” lidopor diversas gerações.  Histórias curiosas a respeito desse escritor li nesse jornal editado por Roberto Pires que transcrevo abaixo.

Júlio Cesar de Mello e Souza celebrizou-se como Malba Tahan. Foi um caso raro de professor que ficou quase tão famoso quanto um craque de futebol. Em classe lembrava um ator empenhado em cativar a plateia. Escolheu a mais difícil das disciplinas, a Matemática.  Criou uma didática própria e divertida, até hoje viva e respeitada.

Exímio contador de histórias, o escritor Malba Tahan nasceu em 1885 na aldeia de Muzalit, Península Arábica, perto  da cidade de Meca,um dos lugares santos da religião muçulmana, o islamismo. A convite do
emir Abd el Azziz bem Ibrahim, assumiu o cargo de queimação (prefeito) da cidade árabe de El-Medina. Estudou  no Cairo e em Constantinopla. Aos 27 anos, recebeu grande herança do pai e iniciou uma longa viagem pelo Japão, Rússia e Índia. Morreu em 1921, lutando pela libertação de uma tribo na Arábia Central.

A melhor prova de que Malba Tahan foi um magnífico criador de enredos é a própria biografia dele. Na verdade, esse personagem das areias do deserto nunca existiu e o que de mais perto o sue criador chegou em areias mais quentes foi as da praias do Rio de Janeiro onde nasceu em 1895.

Criatura e criador produziram 69 livros de contos e 51 de matemática. Mais de dois milhões de exemplares foram vendidos. A obra mais famosa, O Homem Que Calculava, está na 38ª edição.

Existe uma passagem curiosa quando ele era colaborador de um jornal carioca O Imparcial quando tinha 23 anos. Ele entregou a um editor cinco contos que tinha escrito e como não houve interesse, recolheu e no dia seguinte reapareceu no jornal com os mesmos contos mas com outra autoria. Em vez de J.C. de Mello e Souza, assinava R.S.Slade, um fictício escritor americano. Entregou ao editor dizendo que acabara de traduzi-los e que faziam grande sucesso em Nova York. O primeiro deles, A Vingança do Judeu, foi publicado já no dia seguinte e na primeira página. Júlio César aprendeu a lição e decidiu virar Malba Tahan. Ainda bem, para ele, não existia a internet para checar a existência desse “escritor” americano.

Nos sete anos seguintes, mergulhou nos estudos sobre a cultura e a língua árabes. Em 1925,decidiu que estava preparado . Procurou o dono do jornal carioca A Noite, Irineu Marinho que gostou da ideia. Contos de Mil e Uma Noites foi o primeiro de uma série de escritos para o jornal.

Como era convidado para fazer palestras, realizou uma no Recife, que ficou marcada na sua biografia por ser a última. No dia 18 de junho de 1974, quando falou para normalistas sobre a arte de contar histórias. De volta ao hotel, sentiu-se mal e morreu de enfarte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário: