(Editora Coqueiro| 2011
| 163 páginas | R$ 30,00)
“Há quem interprete as pesquisas de Liêdo Maranhão, sobre
cultura popular, como uma obsessão no caminho do pornográfico. No entanto,
Liêdo é um homem muito puro. O sexo para ele é manifestação de alegria da
infância brasileira. Em lugar de proibido em conversas de boa educação, ele
deveria ser divulgado para menores de todas as idades, de todas as escolas do
Brasil.
O registro que ele faz da fala do povo, a fala crua, sem
literatice, mas que guarda história, o flagrante que ele dá no povo quando fala
de sexo, que dá nomes rejeitados pela formação hipócrita como chulos, com uma
verdade que nos faz rir, lembram o popular como uma criança crescida.
Liêdo é desse povo cheio das maiores grandezas - e baixezas
também. Isso quer dizer: Liêdo é nosso. Nosso como as frutas nordestinas, como
as
bonecas de pano, que muitos chamam de bruxas. Ele é nosso como os brinquedos de artesãos pobres, os piões, os badoques, os carrinhos de flandres e de madeira. Ele é como os repentes criativos dos homens que fazem a nossa família, grande, imensa, do nosso misturado sangue.”
bonecas de pano, que muitos chamam de bruxas. Ele é nosso como os brinquedos de artesãos pobres, os piões, os badoques, os carrinhos de flandres e de madeira. Ele é como os repentes criativos dos homens que fazem a nossa família, grande, imensa, do nosso misturado sangue.”
Urariano Mota, escritor
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