18/10/2011

Heidegger: O nazismo, As mulheres, A filosofia - Alain Badiou

(Editora Tinta Negra, 2011,87 folhas, 19,90 reais)

O filósofo alemão Martin Heidegger influenciou diversos nomes como Sartre, Lautman, Derrida, Foucault e Lacan. Simultaneamente, gera polêmica por seu envolvimento com o partido nazista alemão.

Há uma faceta de Heidegger, porém, que segue em paralelo ao caráter polêmico de seu ideário - a de sedutor inveterado. Em vida, conquistou muitas amantes, ao mesmo tempo que manteve a ideia de laço indestrutível - e de casamento aberto - com sua esposa Eufride.

Em suas páginas, os autores analisam tanto o paradoxo do Filósofo extraviado do nazismo quanto a sua relação com as mulheres e com os meandros do poder. Comparam a figura social e intelectual do casal Heidegger com a do casal Sartre-Beauvoir, e buscam
esclarecer detalhes pessoais como o fato de que o primogênito de Heidegger é, na verdade, filho de um amante de Eufride.

Em alguns momentos, o filósofo alemão Martin Heidegger aquece mais o debate devido a suas convicções políticas do que propriamente por sua teoria.

Julgado por ter participado do partido Nacional Socialista alemão, ao lado de Hitler, em 1933, e crucificado
pela relação liberal com Elfride e o caso com Hannah Arendt, sua filosofia e seus encalços ganham uma análise única no livro "Heidegger: O Nazismo, As mulheres, a Filosofia".

Os estudiosos Alain Badiou e Barbara Cassin investigam as relações do pensador a partir de um ponto de vista original e que revela polêmicas controvérsias e hipóteses nos três campos.

Bem curta (apenas 87 páginas), a obra é não é exatamente 'introdutória', mas pelo didatismo alcançado e a forma com que 'recortaram' os assuntos mais importantes, faz com que ela seja acessível até mesmo para quem nunca leu nada a respeito de Heidegger.

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